Também conhecida como glomerulonefrite difusa aguda, caracterizada por um processo inflamatório, não purulento bilateral, simétrico que acomete fundamental ou inicialmente os glomérulos renais. Posteriormente podem ser implicadas outras estruturas do rim, os nefróns, os túbulos glomerulares e o interstício. Os danos glomerulares podem ocorrer em qualquer dos componentes do glomérulo: no epitélio visceral (podócitos), na membrana basal glomerular, no endotélio capilar ou no mesângio.
A síndrome nefrítica aguda pode aparecer depois de uma infecção da garganta provocada, por exemplo, por estreptococos. Nesses casos, a doença denomina-se glomerulonefrite pós-estreptocócica. Os glomérulos lesionam-se pela acumulação dos antigénios dos estreptococos mortos aos quais aderiram os anticorpos que os neutralizaram. Estas uniões antigénio-anticorpo (complexos imunes) recobrem as membranas dos glomérulos e interferem com a sua capacidade de filtração. Neste caso os antibióticos são ineficazes porque a nefrite começa entre 1 e 6 semanas (em média 2 semanas) depois da infecção e os estreptococos já estão mortos. A glomerulonefrite pós-estreptocócica é mais frequente nas crianças com mais de 3 anos e nos adultos jovens. Aproximadamente 5 % dos casos surgem acima dos 50 anos.
Entenda melhor o processo de inflamação dos glomérulos assistindo ao vídeo:
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Esta patologia também tem como causa a reação que ocorre quando da instalação de outras infecções, como a provocada por prótese, bem como endocardite bacteriana, pneumonia, abcessos nos órgãos abdominais e varicela.
Cada glomerulopatia provoca síndromes particulares de disfunção renal, embora algumas possam partilhar a mesma síndrome. O diagnóstico requer, por isso, a identificação de uma dessas síndromes, seguido de investigação específica para determinar com mais rigor qual a glomerulopatia presente.
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